quarta-feira, 12 de agosto de 2020

La Presidente, por causas melhores que comodismos e fake news. Presidents that taste better.

Se as notícias não seguem tão estimulantes e bem mais distorcidas do que eram antes, e o vírus errou o lugar de mutação, e o Netflix ficou mais atrativo, engolir dias mais segregados, foi imbuído da função de bolhas. De Champagne ou de quais sodas. Se alala bolinhas de refri tirou a bola do pé e passou para quem se importou em tirar gente do chão do aeroporto, expostos a contaminação fácil por Covid, enquanto governos gritavam regras plasticas em megafones, de álcool e máscara, e a hashtag #stayathome se multiplicava, e ninguem fazia nada, comemorar com champagne ou quedar campanhas de emprestimo de voo argentino as custas do outro, ou esconder o fiasco, teve o aeroporto do Galeao, calado, imovel, que nao fez nada para ajudar, tentando fazer propaganda com companhia estrangeira. Esbordes de Brasil e daqui-dacola, o espaco aereo nao estava fechado, mas as companhias aereas se recusavam em levar de volta para casa quem foi expulso de hoteis de cidades do Rio, depois que alguem anunciou a "presenca" do vírus, que já salvava em alegoria desde dezembro. Prática e gramática. Os hotéis deveriam ter sido obrigados a manter hospedados quem não conseguiu embarcar até que se resolvesse a questão das companhias aéreas. Mas o governo nem sequer pensou nisso, nem mencionou. O da Argentina deu de ombros. Mas tinha gente querendo propaganda. De que? Explorar fama com hashtag acomodada, não vale o flash. E o refrigerante que promove eventos bombásticos, não lembrou que eram vidas humanas se perdendo em combustão. Difícil ser egoísta num momento assim. O samba La Presidente rebombou com outro timbre. Já que deixar gente exposta a contaminação e ficar impassível, não tem graça.  Virou o anti-ícone. Propaganda perigosa. Nomes que se abalam por brincadeira sem graça. Mas era só por a hashtag confortável. Hora do exercício ser-gente. É já passou da hora.  (RosalyQueen)