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quarta-feira, 12 de agosto de 2015
Moda e Crise. Fashion and Crisis.
O mundo da moda sempre vê altos e baixos corriqueiramente. Designers sabem disso. O mercado sabe. Não é estavel. Um movimento global pode começar regionalmente, e depois se expandir por vários outros países. Não é doença. É um corte financeiro, uma cadeia que se influencia sob inúmeros outros fatores. A moda, que é tida como fútil, para uns menos desavisados, já que movimenta mercados inteiros como o da França, não é só capa folgosa de revista. Ou fofoca. Boatos se alastram mais rápido com outros objetivos. Mas comprar e saber lidar com venda e compra, e produção de algo de interesse, que desperte desejos consumistas, é outra estória. A garota pode se promover com a calça justa e cós baixo. Ou com o vestido proibido com decote acima do pescoço, querendo invocar alguma pseudo religião. A crença dela é que a moda é tentação, e pecado. Vocifera e distribui malfados contra a suposta concorrência, mas veste a blusa simplesinha sem estampa e sem corte, e inveja olhosamente o salto bem escolhido e a moça que escolhe os modelitos fora de Miami. Entre o nu total financeiramente rentável para o não-moda, ao vestido de papel de açougue, tem uma distância muito grande. Que se chama criatividade, qualidade, elegância e estilo. Por isso se estuda moda, modelagem, conceito. Falar muito e descabelar a concorrência é fácil. Mas a mentira com perna curta não se contabiliza quando se precisa vender. Ter qualidade, fazer movimentar um mercado inteiro. Até o exército tem moda. Mesmo que seja camuflada.
Manter a criatividade e incentivá-la é fundamental em tempo de crise. Economizar nos tecidos, mas não nas ideias. Ficar pelado é uma opção bem econômica e rápida, mas o rei que andou nu, porque foi ludibriado por um de seus funcionários, foi depois debochado na rua. Acreditou tanto naquela propaganda de ser o melhor de todas as terras, que, no fim, caiu na manipulação de um simples costureiro, cansado das suas afoitices. Vestir camiseta e bermuda era até mais aceitavel do que a vergonha de ser exposto daquela forma. Até cair em si. Tempo de crise é para isso. Cair em si de que se pode arregaçar as mangas e fazer de forma diferente o que se fazia em tempos em que sobejava tudo e se desprezava algumas coisas boas da vida. Que não eram só champagne. É não acreditar no conselho do amigo que te diz algo em relação ao seu trabalho se ele tem um outro tipo de confecção que é completamente diferente do seu direcionamento e perfil. E que instrui à aparência do que pensa ser certo e corretamente tradicional, mas não é. A fórmula não funciona em outro caso. Filtrar necessidades e aparências é fundamental na moda. Como em qualquer outro setor. A chave para resolver situações em problemas de crise nem sempre está em alguma concordância comum. Mas no algo que foge ao comum. Entrou numa situação de perigo nos negócios? Discutiu com a fonte errada? Procure algo que encaixe perfeitamente. Só você, como experiente cabeça de algum comércio, grife, ou similar, vai poder saber ao certo o que encaixa onde. Voto comum nem sempre adianta. A resposta pode estar além do que você vê. Teimosia? Não. Certeza de que, se algo não bate certo, não faz sentir bem por dentro, até aquele aparente comerciante pode te pregar uma peça. E deglutir uma crise pode ser como uma facada com dois gumes. Um lado corta o tender antes do natal. Do outro, fere a mão. Ciladas. Nos negócios. Nem tudo é o que parece, e nem toda experiência tem a resposta certa em tempos incertos. Crise é oportunidade. Desconfie de soluções fáceis. (Rosaly Queen) (Todos os direitos reservados) (R) (All rights reserved)