terça-feira, 18 de abril de 2017

Louis Vuitton essencial? Do passado? Essential Louis Vuitton? Past tense?



Temporada de praia, chuva, e afins mais, circulando por praias diversas, brisas e demais, nao deu para entender muito bem o por que da fixacao da carioca pela marca Louis Vuitton. Modelos passados desfilando pelas maos e ombros de mocoilas de diferentes estirpes, e em modelos que nao se ve mais por capitais como a incensada fashion mineira, ou sampista. Enquanto a galera estranha tenta imprimir, a titulo de dor de cotovelo, alguma caracteristica esquisita a um dos maiores polos da moda brasileira, em termos de criatividade, excelencia, e exportacao do melhor da moda nacional, as mineirianas tem muito estilo, e se modernizam mais rapidamente, pela riqueza e quantidade de designers renomados em acessorios. As cariocas, que eram tidas como um pouco mais flex-revolucionarias na moda descolada, parece que deram uma retrocedida no tempo, ou estacionaram na Vuitton e nas copias delas. Dias atras que uma mocoila-loira no lobby do hotel apareceu de mini Chanel real, preta, mas que tambem virou item febril de copia. Verdade e que quem anda desfiando o rosario com relacao a estadunienses de nascimento, por despeito mesmo, nao chegou nem perto de assumir qualquer versao fashion aceitavel. So abre a revista para pegar algo do editorial ou repete a pulseirinha de chains com penduricalhos que todo mundo anda usando porque a marca italiana espalhou para a joalheria, que depois foi copiada em profusao nas feirinhas diversas de rua. O ruim da falta de ID e isso mesmo. So se abre a internet e copia, ou se copia o estilo que todo mundo esta usando e nem sabe por que, de onde comecou, mas, como esta em toda vitrine, todas batizam. Falta de identidade, que se tomas da net, porque parece escondida, e ninguem ve de onde quem tirou a fonte de info. E so clicar com o celular, dizer que foi original, e espalhar no Instagram, que nao e sinal de muita coisa, mais de espalhar copias de verdades e tentar fazer uma cortina de fumaca sobre o real, com armas de divulgacao, e outras armadas idem. Dificil ter ID proprio. Por isso criticas e quem age de forma negativa na tv e midiaticos, responde pela mesma razao: tem cartz, mas nao ideias proprias. Copias cansam. Ser original instila o novo. Sem ter que se dizer amem para rezas manjadas, e repetidas. Louis Vuitton e' super power no mercado internacional, mas a multiplicacao de copias, ha dez anos atras, acabaram tarimbando a marca de maneira que seria necessario criar modelos cada vez mais diferentes, para tentar fazer as copias cairem no passado.


Mas nao feneceram no Rio, na moda comum de rua. Por isso as vezes as blogueiras perdem. Elas espalham mundos e fundos no Instagram, contratam ferramentas para espalharem posts, mas na hora de escolher o modelito, caem no "fashion-victim-eu-sou", e so espalham o ditado pela marca, pelo momento, falam tanto que sao fulana, que muit loja acredita, mas nem sabe quem eh. So acessa e ve o numero de curtidas, programadas por ferramentas virtuais varias. Eh facil o cliche de aumentar o cache e aparecer com o logo do duplo C na bolsinha basica de correntes, imitada sem fim desde o ano passado. Em tudo quanto eh versao, e tudo quanto eh marca nacional. Tem gente que se tarimba por marca, por Instagram, mas nao por estilo. Nem sempre ferramenta de contagem virtual contabiliza algo, muito menos estilo. Encontrei com Daniel Ueda, stylist, de anos de backstages de fashion week, no aeroporto. Um cara quieto, bacana, ha seculos (novos) nos bastidores de semanas de moda. Deve ter menos curtidas nas redes sociais que a blonde salad. Mas esta la na originalidade e arrumando estilo de Gika ha tempos, editoriais, desfiles. Da turma que tinha as Ferraz nas PRs, Felipe fashion, Fabia Bercsek, Terezinha e outras da bancada de sempre da moda brasileira. Mas se olha para as contagens das blonde salads, sem tantos quesitos de criatividade. Fica na "rede social falou, ta falado". Nem sempre. A tendencia e estranha, de se espalhar verdades  outras que se criam como capa. Parece aquela dupla da musica que acho que chegou a ganhar um Grammy, para depois descobrirem que usam playback e mixagem de voz para cantar. Tipo. Tempos modernos, LV antigas. E copias.
Marc Jacobs saiu rapido demais e fez falta. ja faz falta. Colorir as Vuitton para as cariocas mudarem o estilo, ou deixar de deja vu. Coisa de passado. Gente de atitude se renova, mesmo com toda nuvem de tempestade em volta.
Por que? Porque quem e original sempre traz uma novidade. Nao "tras" na falta do portugues, que precisa de oculos para enxergar melhor tendencias repetidas e anti-modernas. Nao se chuta pit bull irreativo. Pao de queijo tem efeitos bombasticos. Na inteligencia, e no olhar, no selecionar, e no estilo de vida. Amem e beijinho no ombro.
Os mineiros tem criatividade suficiente para abafar ate Louis Vuittons tradicionais, das antigas. Porque o que e bom demais se renova, se exporta, se substitui e se retira copias. Nem todo tarimbo vale se nao tem criatividade. Porque repeticao cansa. Demais. (Rosaly Queen)